CONCLUÍDAS:

2023:

TÍTULO: A higienização do espaço público e os direitos de ocupação da rua – Impactos das obras de cobertura do Calçadão de Osasco.

Recebeu o Prêmio de “Melhor TCC do Curso de Jornalismo” (entregue durante o 32o Encontro de Iniciação Científica da PUC SP — Os desafios e oportunidades para redução da pobreza e desigualdade em 2023).

ALUNA: LAURA LIMA (Jornalismo)

Professores(as) envolvidos(as):
Silvio Roberto Mieli

RESUMO: O projeto procura delimitar-se num dos principais centros comerciais do país, o Calçadão da cidade de Osasco, segundo maior polo de vendas do Estado de São Paulo. Foca mais especificamente no processo de revitalização dessa área urbana, lançado em 2019. A presente pesquisa parte da hipótese de que apesar das eventuais vantagens do projeto de modernização e revitalização da região, existem sérios indícios de que o projeto e sua implantação podem caracterizar a prática de higienização urbana, assim como de privatização do espaço público. Portanto faz-se necessário acompanhar os desdobramentos dessas alterações na vida dos moradores, usuários e transeuntes da região e entorno. Inicialmente compreender qual o papel que a população da cidade teve nessa mudança, e posteriormente avaliar quais os ganhos e perdas para vida e os fluxos comerciais, espaciais e simbólicos do centro da cidade.Trata-se inicialmente de uma pesquisa minuciosa de campo. Por um lado descrevendo a vocação comercial da região e os seus antecedentes, para depois mapear o crescimento da região como polo comercial a ponto de necessitar uma intervenção urbana complexa. Posteriormente descrever as características do projeto, da obra e de como a implantação do Calçadão impactou a região.  Para esta fase serão realizadas entrevistas com moradores, camelôs, comerciantes, gestores públicos (incluindo os autores do projeto), além de arquitetos e urbanistas.  Como embasamento teórico para enfrentar o tema  da capitalização, privatização e higienização do espaço público pretende-se trazer os aportes teóricos e as visões das arquitetas e urbanistas Raquel Rolnik e Ermínia Maricato, dentre outros pensadores das várias formas de ocupação do espaço público.

2021

TÍTULO: CENTRAL DE ATENDIMENTO: a maquinação do corpo e sua interferência na relação agente-cliente.

ALUNO: GUILHERME DIAS DE OLIVEIRA (Jornalismo)

Professores(as) envolvidos(as):
Silvio Roberto Mieli

RESUMO: Esta pesquisa de IC teve como objetivo abordar o controle do corpo imposto ao agente de atendimento e como a maquinação do ambiente de trabalho reflete sobre sua vida dentro e fora das centrais. Busquei entender como a terceirização cria no imaginário social um estereótipo do agente de telemarketing, que entra em linha descorporizado e com sua voz controlada. A metodologia foi pautada por entrevistas com ex- funcionários, além de elaborar o texto com algumas das  minhas próprias experiências como expert em interação por um ano e meio. Os relatos coletados foram relacionados a uma base documental e a uma literatura filosófica e sociológica. Cheguei às conclusões estimadas sobre a subalternização do agente de atendimento, com o intuito de aproximar e humanizar esses sujeitos, para assim compreender os reflexos deixados em seus corpos, e  psicológico. Por fim cabe ressaltar o papel do sistema neoliberal como fundamental no controle e exploração do operário. 

2019

TÍTULO: A crônica como alternativa criativa à quebra de paradigma do jornalismo impresso; um estudo a partir das crônicas do jornalista Xico Sá no jornal Folha de S. Paulo (2011 a 2014).

ALUNO: MATHEUS LOPES QUIRINO (Jornalismo)

Professores(as) envolvidos(as):
Silvio Roberto Mieli

RESUMO: O projeto A crônica como alternativa criativa à quebra de paradigma do jornalismo impresso; um estudo a partir das crônicas do jornalista Xico Sá no jornal Folha de S. Paulo (2011 a 2014) tem como objetivo discutir as interfaces jornalismo e literatura a partir da análise das crônicas escritas por Sá no jornal Folha de S. Paulo, entre os anos 2011 e 2014. Através da análise das crônicas de Sá pretende-se questionar as fronteiras da técnica jornalística que limitam o território da linguagem ao seu caráter meramente descritivo, enquanto a crônica em geral, e o estilo de Xico Sá em particular (discutido nesta pesquisa), permitem penetrar mais profundamente em aspectos da vida política, social, nos costumes, futebol e no funcionamento do próprio jornalismo corporativo.

2018:

TÍTULO: Loucura: Uma Produção de Subjetividade e Transformação Social pela Linguagem Radiofônica

ALUNA: RAQUEL RIBEIRO DE ARRUDA (Comunicação e Multimeios)

Professores(as) envolvidos(as):
Silvio Roberto Mieli

RESUMO: A loucura passou por várias definições ao longo da história, e consequentemente por diferentes maneiras de aborda-la. A Luta Antimanicomial (deflagrada a partir das décadas de 70 e 80) foi um marco importante de confrontação diante das práticas psiquiátricas tradicionais, que envolviam o modo como eram tratados os que apresentavam sofrimentos mentais. Várias reformas psiquiátricas pelo mundo afora (inclusive a brasileira) foram inspiradas pelo movimento antimanicomial, potencializado pelo psiquiatra italiano Franco Basaglia, assim como outras práticas sociais, políticas e artísticas. Em meio a esse caldo de cultura foi criado, em 1989, em Santos (SP), pelo arte-educador Renato Di Renzo, o Projeto Tam Tam, uma tentativa de inserção social e de compreensão do sofrimento mental na fronteira entre arte, educação, comunicação e psicologia. Uma das iniciativas do projeto foi a criação de uma Rádio de mesmo nome, que tinha o intuito de dar voz aos loucos. Ou seja, por um lado abrangendo o que hoje se entende por “lugar de fala”, mas ao mesmo tempo servindo de comunicação interativa para com a sociedade. Assim, a pesquisa nasce da urgência em discutir a institucionalização e padronização dos comportamentos. Em seguida, parte da construção social da loucura e do questionamento da sua definição patológica, para uma reflexão sobre a utilização da radiofonia pelos loucos e marginalizados, como uma linguagem artística de resistência e transformação social. E pretendeu avançar sobre como a sociedade lida com diferentes modos de ser, além de apontar como a linguagem artística pode romper com essa captura das subjetividades, criando um novo modo de ser e de se organizar na própria cidade. Para isso, foram realizadas leituras que abordem o questionamento da definição de loucura pela sociedade, como também sobre o desenvolvimento e a problematização em torno das produções radiofônicas. Também foram efetuadas visitas ao local da Associação Tam Tam, em Santos, com a realização de uma entrevista com o criador Renato Di Renzo, e o contato com alguns associados do projeto. A análise pormenorizada dos programas da rádio também se deu a partir da escuta realizada diversas vezes, seguida das particularidades observadas, em conexão com as teorias estudadas na bibliografia, com ênfase mos autores do campo filosófico, político, psicológico, artístico e comunicacional, como Bertold Brecht, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Giorgio Agamben, Henri Bergson, Jacques Rancière, Michel Foucault, Nise da Silveira, Peter Pál Pelbart, , Suely Rolnik, Dioclécio Luz, Marshall McLuhan, Ricardo Haye e Armand Balsebre. 


2016:

TÍTULO: A ocupação política da internet: o caso do assentamento Milton Santos.

ALUNA: LUCIENE SUDRE DOS SANTOS (Jornalismo)

Professores(as) envolvidos(as):
Silvio Roberto Mieli

RESUMO: A pesquisa abordará como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), movimento de luta pela reforma agrária e justiça social, comunica-se com as demais esferas e segmentos sociais, pontuando como esses apropriam-se da internet, fazendo dela uma ferramenta política nesse processo, utilizando como objeto de estudo o caso do Assentamento Milton Santos, situado em Americana, interior de São Paulo. O referencial teórico da pesquisa baseia-se no midiativismo, conjunto de práticas comunicacionais que transformaram as fronteiras entre a arte, política, tecnologia e comunicação, inaugurando um processo de mudança tecnológica fundamentada na inversão do fluxo informacional, subvertendo a lógica vertical das informações que circulam nos meios de comunicação.